PASTORALTRIBUTO PELA DESOBEDIÊNCIA
"Então respondeu Isaque a Esaú: Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?" (Gênesis 27.37).
Fico pensando, e me incomodo com a displicência de muitas pessoas que não dão nenhuma importância a inevitável colisão com o futuro e sua farta colheita. Para tais pessoas, parece que o tempo chamado hoje, nunca passará, portanto, doenças, velhice, desemprego e outras mazelas, que como causas, surtirão tristes efeitos, não fazem, ou parece não fazerem partes dos seus planos. Esaú demonstrou ser um destes infelizes personagens, digo infeliz, pois ele sabia muito bem do relacionamento de seu pai Isaque e seu avô Abraão com o verdadeiro Deus, mas, talvez, tenha trabalhado com a hipótese de insanidade divina no tocante aos seus erros, ou então, que Deus não passasse de um ser folclórico; ele se deu mal com isto.
E você, tem medido as consequências imediatas e futuras de seus atos, sabe que a fatura com os devidos tributos, mais cedo ou mais tarde virão?
Séculos e séculos depois do arredio Esaú, outro descendente de Abraão escreve o seguinte texto:
"Para onde me irei do teu Espírito? "Para onde fugirei da tua face?"
(Salmo 139.7)
Este, ao contrário do seu parente carnal (no caso Esaú), sabia que de Deus nada se omitia. Percebemos assim a diferença que há entre estes dois homens da mesma linhagem! Outra vez a Bíblia nos adverte, afirmando: "E não há criatura alguma encoberta diante Dele. todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas" (Hebreus 4.13)
Esta é sem dúvida a razão pela qual Deus insiste para que façamos as coisas de uma maneira correta, e que devemos nos esforçar cada vez em favor de nós mesmos e pela obra que Jesus deixou para a sua igreja. A Bíblia apresenta três palavras, cujos significados são de enormes pesos sobre os nossos, ei-las: mandamento, imposto e tributo; no caso da terceira, da qual comentamos, quando Deus decide emitir o seu valor, pode nos tirar a paz e o sono, pois, tomando como exemplo Esaú, o fato de não ter correspondido ao que lhe competia, teve repercurssões para toda a sua vida e a de seus descendentes, ou seja, foram privados de incontáveis bênçãos terrenas e celestiais.
Em quantos anos foi o desenrolar da história de Esaú? Vejamos, pois:
Isaque casou-se com Rebeca quando tinha quarenta anos (Gn 25.20), e foi pai dos gêmeos Esaú e Jacó com sessenta anos; seu pai agora estava com oitenta anos. E o tempo passou. Isaque estava já muito idoso, queria, pois abençoar o seu filho mais velho, e depois encerrar a sua jornada terrena. Impossível, seu filho não tinha mais direito.
Irmãos, não nos esqueçamos, "...pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará". (Gl. 6.7)
Lembre-se, Deus não esquece os nossos pecados, enquanto não tomamos consciêncoia e nos arrependemos dos mesmos.
No amor de Cristo, Pr. José Wilson.
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